Oblatas Seculares
Uma palavra que não é habitual no nosso vocabulário do século XXI, e, no entanto bem atual!
“Era uma vez” uma mulher que se preocupava em anunciar a ternura de Deus ao mundo do seu tempo, a pessoas que conheciam realidades por vezes difíceis. O testemunho era mais importante do que as palavras para lhes dizer que Deus as amava e que as chamava a viverem erguidas, plenamente felizes.
Isso se passava no século XIX e continua ainda hoje.
“Unir senhoras do mundo pela devoção ao Coração de Jesus para anunciar ao mundo o Deus de ternura”.
É um pouco ambicioso, não é verdade? E, no entanto, há mulheres que procuram responder a este desafio.
Nós respondemos a um chamado pessoal reconhecido, autenticado pelo Instituto das Oblatas do Coração de Jesus.
Oblatas Seculares, nós permanecemos no nosso meio de vida, mas consagrando a nossa vida toda pelos votos de castidade, de pobreza e de obediência segundo os nossos Estatutos.
Algumas de entre nós são secretárias, auxiliares de vida, professoras, médicas, analistas... em atividade, com baixa de saúde ou reformadas. Temos entre 25 a 85 anos ou mais.
Por vezes as nossas famílias ou os nossos amigos não sabem que nós somos Oblatas Seculares mas muitas vezes eles se perguntam donde nos vem esta alegria que irradiamos nas dificuldades, a força que temos nas provações, a perseverança no trabalho apesar das insuficiências pessoais ou coletivas.
Nós trabalhamos, rezamos, rimos, choramos... vivemos sozinhas, por vezes umas longe das outras Oblatas mas temos o prazer de nos encontrar em grupo ou em reuniões, pelos menos, duas vezes por trimestre.
Que fazemos durante essas reuniões?
Rezamos, meditamos a Palavra de Deus e aprofundamos a compreensão dos nossos compromissos segundo os nossos Estatutos.
Nas nossas partilhas de vida, procuramos juntas compreender o que Jesus nos pede hoje para que o mundo seja mais, de acordo com o projeto de Deus, um mundo de justiça de fraternidade, de unidade.
Procuramos ver como cada uma vai concretizar as prioridades discernidas em conjunto e nos ajudamos para o realizar.
Entre as reuniões, pensamos umas nas outras e comunicamos através do telefone, de cartas, da oração...
Procuramos viver em comunhão umas com as outras e com os outros, segundo o pensamento da nossa fundadora: “Nada é mais importante do que a união entre nós”.
De vez em quando, encontramo-nos com as Oblatas Religiosas, as Oblatas Filiadas e os Casais Filiados para um tempo de convívio, de reflexão ou de retiro espiritual.
Gostamos de manter relações com as Oblatas do nosso país e com as de outros países.
Buscamos a nossa força na oração, na vida fraterna, na freqüentação dos sacramentos em particular da Eucaristia e da Reconciliação. Perdoamo-nos quando mutuamente nos ofendemos.
Somos mulheres comuns que vivemos vidas comuns. A graça e o compromisso da nossa Oblação permanecem em todas as situações da nossa vida.